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Com a transformação digital acelerada, documentos físicos foram substituídos por arquivos eletrônicos em praticamente todos os setores, do jurídico ao contábil, do corporativo ao público. Nesse cenário, a assinatura digital ganhou protagonismo como forma segura e legal de assinar contratos, declarações e autorizações sem papel.

Mas tão importante quanto assinar é validar essa assinatura digital. Afinal, como ter certeza de que o documento não foi alterado? Que certificado usado ainda é válido?

Se você lida com contratos, procurações, documentos fiscais ou contábeis, este guia é essencial para garantir segurança jurídica e conformidade com a legislação brasileira.

O que é uma assinatura digital?

A assinatura digital é um tipo específico de assinatura eletrônica que utiliza certificado digital e criptografia assimétrica para comprovar a identidade do signatário e garantir a integridade do documento.

Ela é baseada na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), o sistema nacional que regula a emissão de certificados digitais no Brasil e possui validade jurídica plena, conforme a Medida Provisória 2.200-2/2001.

Ou seja, ao assinar um documento digitalmente com um certificado válido, a pessoa está legalmente vinculada ao conteúdo daquele arquivo.

Diferença entre assinatura digital e assinatura eletrônica

Embora muitas vezes usadas como sinônimos, assinatura digital e assinatura eletrônica não são a mesma coisa.

  • Assinatura eletrônica é um termo genérico, que abrange qualquer tipo de aceite digital, como login e senha, código SMS, biometria ou aceite por plataformas online.
  • Assinatura digital, por outro lado, exige o uso de um certificado digital (do tipo A1 ou A3) e envolve criptografia, conferindo ao documento:
    • Autenticidade: garante a identidade de quem assinou;
    • Integridade: o conteúdo não foi alterado após a assinatura;
    • Não repúdio: o signatário não pode negar que assinou.

A assinatura digital é, portanto, o tipo mais seguro e robusto de assinatura eletrônica, sendo aceito em processos judiciais, licitações, registros contábeis e mais.

Dica: sempre que o documento exigir valor jurídico elevado como contratos, procurações ou declarações fiscais, o ideal é optar pela assinatura digital com certificado ICP-Brasil.

Vantagens da assinatura digital em relação à assinatura manual

A assinatura digital não é apenas mais moderna ela é, em muitos casos, mais segura e eficiente que a assinatura feita à mão.

Confira as principais vantagens:

  • Validade jurídica automática: dispensa reconhecimento de firma ou autenticação em cartório, desde que o certificado digital seja válido.
  • Redução de custos operacionais: elimina papel, impressão, transporte de documentos e armazenamento físico.
  • Segurança e rastreabilidade: todo o processo de assinatura é criptografado, registrado e pode ser auditado, reduzindo riscos de fraude.
  • Assinatura remota e em tempo real: permite que múltiplas partes assinem de onde estiverem, com agilidade e validade legal.
  • Integração com sistemas corporativos: pode ser integrada a ERPs, plataformas jurídicas, contábeis e outros fluxos digitais de trabalho.

Em tempos de transformação digital, adotar a assinatura digital com validação automatizada é um diferencial competitivo — e um reforço de segurança essencial.

Leia também: “Assinatura eletrônica ou digital: qual é a diferença?”. 

O que é a validação da assinatura digital?

Assinar um documento digitalmente é apenas uma parte do processo. Para que a assinatura tenha efetiva validade jurídica e técnica, é fundamental realizar a validação da assinatura digital.

A validação é o processo que verifica a autenticidade, integridade e confiabilidade de uma assinatura digital já aplicada em um documento eletrônico. Ou seja, ela confirma se:

  • O certificado digital utilizado está válido e ativo;
  • A cadeia de certificação é confiável e reconhecida pela ICP-Brasil;
  • O conteúdo do documento não foi alterado após a assinatura;
  • O certificado não foi revogado ou expirado no momento da verificação.

Esse processo pode ser feito por ferramentas como:

  • Leitores de PDF (ex.: Adobe Acrobat Reader);
  • Portais oficiais como o Verificador de Conformidade do ITI;
  • Sistemas especializados, como os oferecidos pela Certclick, que integram a validação de forma automatizada e com relatórios detalhados.

Importante: A assinatura digital por si só não é sinônimo de validade automática. A validação é o que comprova, de fato, que o documento é confiável e íntegro.

É realmente importante validar uma assinatura digital?

Sim e não é apenas importante: é essencial, especialmente quando estamos falando de documentos com valor jurídico, financeiro ou contábil.

Veja alguns riscos práticos de não validar:

  • Aceitar documentos com certificados vencidos ou revogados;
  • Firmar contratos baseados em identidades falsas;
  • Utilizar documentos alterados depois da assinatura, sem saber;
  • Perder validade legal em processos judiciais ou junto a órgãos públicos.

Em outras palavras: a falta de validação pode gerar falhas operacionais, prejuízos financeiros e até sanções legais.

Além disso, muitos documentos eletrônicos precisam ser validados para:

  • Atender a auditorias internas e externas;
  • Cumprir exigências de conformidade fiscal e contábil;
  • Garantir que a empresa esteja em conformidade com leis como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que exigem controle e segurança nas transações digitais.

Ao validar a assinatura digital, sua empresa protege não apenas o documento, mas também sua credibilidade, integridade e segurança jurídica.

Saiba como validar uma assinatura digital em: “Como validar uma assinatura digital: saiba se o documento é autêntico”. 

Quando fazer a validação de assinatura digital?

A validação da assinatura digital deve ser feita sempre que você receber ou arquivar um documento eletrônico com valor jurídico, fiscal ou financeiro. Ela garante que o documento é autêntico, íntegro e juridicamente válido, protegendo sua empresa de fraudes, erros ou inconsistências legais.

Muitas organizações ainda consideram a assinatura digital como uma etapa final do processo. No entanto, validar é o que transforma a assinatura digital em uma prova confiável perante terceiros inclusive em juízo.

A seguir, veja os contextos mais comuns onde a validação é fundamental.

Contratos eletrônicos em empresas

Seja na relação com clientes, fornecedores, parceiros ou colaboradores, os contratos são documentos sensíveis, que exigem segurança jurídica total. Com a digitalização dos processos, é comum que acordos sejam assinados remotamente, o que torna a validação digital ainda mais necessária.

Por que validar contratos com assinatura digital?

  • Para confirmar que o signatário usou um certificado válido e reconhecido;
  • Para garantir que nenhuma cláusula foi alterada após a assinatura;
  • Para arquivar documentos legalmente protegidos contra questionamentos futuros.

Por exemplo, um contrato de prestação de serviços assinado digitalmente pode ser invalidado judicialmente se o certificado digital estiver expirado ou revogado no momento da assinatura, algo que a validação prévia detectaria.

Procurações e documentos jurídicos

No ambiente jurídico, a prova de autenticidade de um documento é muitas vezes o que define o rumo de um processo. Isso vale tanto para procurações eletrônicas quanto para documentos enviados a tribunais, cartórios, órgãos públicos ou entes privados.

Quando validar:

  • Antes de aceitar uma procuração assinada digitalmente por um cliente;
  • Antes de protocolar petições ou anexar documentos digitais em processos;
  • Ao lidar com contratos de compra e venda, distratos, notificações e outros atos jurídicos.

Boa prática: Advogados e departamentos jurídicos devem adotar uma rotina de validação automatizada para evitar fraudes documentais e inconsistências que possam comprometer a defesa ou a argumentação.

Documentos contábeis e fiscais

No contexto contábil e fiscal, a assinatura digital está presente em declarações eletrônicas, livros digitais e notas fiscais. No entanto, apenas assinar digitalmente não basta para garantir conformidade com a Receita Federal, secretarias estaduais e demais órgãos reguladores.

Documentos que exigem validação:

  • Escrituração Contábil Digital (ECD) e Escrituração Contábil Fiscal (ECF);
  • Notas fiscais eletrônicas (NF-e, NFS-e, CT-e);
  • Declarações como DCTF, DIRF, PER/DCOMP e outras obrigações acessórias.

Por que validar?

  • Para evitar problemas com auditorias e fiscalizações;
  • Para garantir que os arquivos digitais estão íntegros e assinados com certificados válidos;
  • Para comprovar a legalidade das informações em casos de questionamento ou cruzamento fiscal.

Empresas que operam com grande volume de documentos devem considerar sistemas de validação integrados aos seus ERPs ou plataformas contábeis automatizando o processo e reduzindo o risco de erros.

Quer validar uma assinatura eletrônica? Leia: “Como garantir a autenticidade da assinatura eletrônica em contratos e documentos fiscais”. 

Perguntas frequentes sobre a validação de assinaturas digitais

É possível validar uma assinatura digital sem certificado digital?

Sim. Você não precisa ter um certificado digital próprio para validar uma assinatura digital feita por outra pessoa. A validação é feita com base no certificado do signatário — e o sistema de validação (como os leitores de PDF ou plataformas especializadas) se encarrega de verificar:

  • A validade do certificado;
  • A cadeia de certificação (ICP-Brasil ou entidade reconhecida);
  • A integridade do documento assinado.

Ou seja, qualquer pessoa ou empresa pode validar um documento assinado digitalmente, desde que utilize uma ferramenta confiável.

O que acontece se a assinatura digital não for validada?

Se uma assinatura digital não for validada, há riscos significativos:

  • O documento pode ter sido alterado após a assinatura, perdendo sua integridade;
  • O certificado digital pode estar expirado ou revogado, tornando a assinatura inválida;
  • A empresa pode aceitar documentos fraudulentos ou sem valor jurídico, com consequências legais.

Além disso, em caso de litígios, auditorias ou fiscalizações, a ausência de validação pode comprometer a validade probatória do documento, prejudicando a empresa.

Importante: A validação não é apenas uma etapa técnica, ela é uma garantia de segurança jurídica e conformidade.

Todos os certificados digitais são aceitos em processos de validação?

Nem todos. Para que a assinatura digital seja considerada válida e com valor legal no Brasil, o certificado deve ter sido emitido por uma Autoridade Certificadora reconhecida pela ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira).

No entanto, em ambientes privados ou internacionais, podem ser aceitos outros tipos de certificados desde que reconhecidos entre as partes envolvidas.

Dica: Sempre verifique se o certificado digital utilizado está dentro dos padrões da ICP-Brasil ou do sistema jurídico aplicável ao seu negócio.

Como garantir que o certificado usado não foi revogado ou expirado?

A maneira mais segura é utilizar uma ferramenta confiável de validação, como:

  • Leitores de PDF (como Adobe Acrobat, com verificação automática);
  • O Verificador de Conformidade do ITI;
  • Plataformas especializadas em gestão e validação digital, como a Certclick.

Essas ferramentas fazem uma checagem em tempo real das seguintes informações:

  • Data de validade do certificado digital;
  • Presença em listas de revogação (CRL/OCSP);
  • Autenticidade da assinatura e da cadeia de certificação.

Adotar uma solução integrada de validação evita riscos operacionais e permite auditar documentos em escala, com mais agilidade e segurança.

Foto de Hellen Mota
Hellen Mota
Hellen Mota é jornalista e redatora. Escreve de forma simples e acessível, ajudando empreendedores a conquistar mais autonomia e segurança.

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